sexta-feira, 3 de março de 2017



Museu Histórico relembra o carnaval de rua em Morro Redondo





(Reportagem postada na página Morro Redondo On line em 02 de março de 2017 )



        "A ideia de musealizar o carnaval de rua de Morro Redondo surgiu a partir de desejo de uma educadora, a Rutinha Feldens que realizou a pesquisa inicial sobre este festejo, considerado pelos moradores da cidade enquanto um patrimônio imaterial.
       Para tornar possível a realização deste desejo de musealização, a equipe do Projeto de Extensão Museu Morrorredondense, Espaço de Memórias e Identidades (um projeto multidisciplinar ) coordenado pelo professor Diego Ribeiro, convocou as comunidades e, juntamente com educadores, alunos, fundadores do Museu, participantes do primeiro carnaval de rua e seus descendentes, reuniu relatos, imagens fotográficas, pesquisou as marchinhas utilizadas por eles e, no domingo de carnaval (26), inaugurou a Exposição Temporária: “Carnaval de Rua em Morro Redondo – Memórias de uma Época”, através da representação de um baile carnavalesco.
“Foi uma tarde de muita brincadeira, folia e alegria. Contamos com a presença da Maria, a primeira Porta-bandeira que abrilhantou nosso baile com seu ritmo incansável. Recebemos também autoridades do nosso município e nossos amados moradores – fontes de memórias” relataram os organizadores na página do museu no facebook.
     Para melhor receber os turistas trazidos pelo Tuor de Museus Rurais da UFPel, sob a coordenação do professor Fábio Vergara Cerqueira e do Museólogo Marcelo Lima, o Galpão Cultural do CTG entrou na folia para acomodar a Feira de Artesanato e de Produtos Coloniais preparadas pela Associação de Artesãs de Morro Redondo e pela Associação de Turismo Morro de Amores."
                        

Maria - primeira porta-bandeira do Carnaval de rua de Morro Redondo recebendo os alunos, professores e servidores da UFPel.


Fonte:http://www.morroredondoonline.com.br/index.php/museu-historico-relembra-o-carnaval-de-rua-em-morro-redondo/
links:
Página oficial do Museu Histórico de Morro Redondohttps://www.facebook.com/museuhistorico.demorroredondo?fref=ts
Endereço l Morro Redondo On Line:http://www.morroredondoonline.com.br/


























quinta-feira, 2 de março de 2017



"História Preservada: Museu ajuda a contar a história de Morro Redondo" 
Recordar é viver,então reviva conosco as primeiras reportagens sobre o Museu Historico de Morro Redondo.

15-05-2012
"História Preservada: Museu ajuda a contar a história de Morro Redondo

                                              Foto: Arquivo JTR
(Peças antigas e que em nada lembram seus similares de hoje, feitos com tecnologia de ponta, estão dentre as peças do museu)



      Desde a abertura do local, que em 2012, completa um ano de funcionamento, mais de 1.5 mil pessoas já visitaram as exposições temáticas do museu.
      Fundado em maio de 2011, o Museu Histórico de Morro Redondo leva os visitantes de volta aos séculos 19 e 20, quando começou o processo de colonização do município, hoje com mais de 6.2 mil habitantes. Dos tempos em que os imigrantes chegaram à localidade até hoje, muita história ficou guardada nos galpões e casas das famílias morroredondenses, transformando-se em um acervo rico em história e tradição, pronto para ser admirado.

      Após décadas de esquecimento, as peças começaram a ser reunidas ainda em 2008, graças a iniciativa do então radialista Osmar Franchini, que, com apoio de outros parceiros, divulgou a ideia de criar um museu histórico do município na rádio e mobilizou a comunidade, pedindo que esta doasse os objetos antigos guardados em algum canto de casa. Nascia assim, o primeiro museu da cidade e o quarto a contar com apoio técnico da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com o objetivo de valorizar o caldeirão etnológico que compõe o mosaico cultural da região.


       No museu, localizado no Centro de Eventos da cidade, o visitante encontra peças – cerca de 450 - que remetem a vida no campo, o que inclui os meios de lazer e os de subsistência, a gastronomia e os veículos de transporte, comuns à rotina de interior na época. Um exemplo é uma peiteira cheia de detalhes que não enfeitava apenas o cavalo. Conta-se que o adereço era utilizado, geralmente, quando o rapaz pretendia impressionar a moça por quem estava apaixonado. A desnatadeira de leite (usada até a década de 1970), o moedor de canjica, o debulhador de milho e a armação de ferro, pontiaguda, colocada no focinho do bezerro quando era hora de desmamar a cria, são algumas das peças que compõem o acervo do espaço cultural. A ideia é, em momentos distintos, disponibilizar todo o conjunto para visitação.

      Dentre as peças mais raras, livros escritos em alemão – a maioria foi queimada durante a 2ª guerra mundial, em retaliação aos alemães - e discos gravados na língua germânica. Desde a abertura do local, que em 2012, completa um ano de funcionamento, mais de 1.5 mil pessoas já visitaram as exposições temáticas do museu, incluindo um grande número de crianças e adolescentes, fato que surpreende os organizadores do acervo. O Museu Histórico de Morro Redondo funciona aos domingos, das 10:30h às 17h".





06-12-2013
"Museu Histórico de Morro Redondo retoma convênio com a Museologia

      Um importante passo foi dado para a sobrevivência do Museu Histórico de Morro Redondo. No dia 14 de novembro, a diretoria da Associação Amigos da Cultura reuniu-se com o professor da Faculdade de Museologia, da Universidade Federal de Pelotas, Diego Lemos Ribeiro, (UFPel), e com alguns alunos, do mesmo curso, para tratar de diversos assuntos relacionados ao museu.
     Entre os pontos discutidos, a retomada do convênio entre o museu e a Faculdade de Museologia, que possibilita a continuação do trabalho de registro, contabilização, higienização e resgate histórico das peças. Além do planejamento de atividade para 2014, também foi definido o horário para visitações no local, que a partir de agora estará aberto todas as quintas-feiras, das 13h30 às 17h, e nos sábados durante todo o dia.
     O presidente da Associação Amigos da Cultura, Lauro Rodrigues, destacou a importância do convênio e da possibilidade de abrir o museu para visitação pública com horários definidos. Comentou ainda sobre algumas aquisições da organização neste ano, que vieram para facilitar o trabalhar, dos planos de melhorar o acervo e adequar o museu para fazer parte do roteiro turístico implantado no município. Rodrigues agradeceu a todos que, de uma forma ou de outra, ajudaram a manter o museu organizado e em condições de receber visitações, agora com horários definidos".

          Fonte:http://www.jornaltradicao.com.br/site/content/cultura_e_turismo/index.php?noticia jornal tradiçao publica sobre museu historico de morro redondo

   E assim seguimos contando historias,fazendo historias.Desde então muitas atividades foram feitas,muitas pessoas passaram,mas isto é assunto pra outro dia.
 Faça como muitas pessoas que passaram por aqui,deixe seu registro,sua lembrança,sua opinião,sua critica,seu elogio e,siga nos acompanhando,você faz parte desta história,construa conosco.!

“Tivemos mais uma experiência incrível no Museu hoje. Quantas histórias, quanta música, quanta memória, enfim: quanta vida! Nós somos o que lembramos e o que contamos sobre nós. E para contar sobre nós, precisamos fazer isso coletivamente, compartilhando vivências e experiências - em última análise, não existiria algo como memória individual, pois, em certa medida, toda nossa memória é relacional (com o espaço e com outras pessoas). Com a idade, quando vamos ficando velhinhos, deixamos de ser escutados... Passamos a ser inconvenientes. Infelizmente é o que acontece no mundo ocidental como um todo.

            Quando os velhinhos vão ao museu, eles conseguem contar sobre eles, passar adiante suas memórias, suas vivências, enfim, sua vida em conexão com outras vidas. O que significa dizer que, quando damos ouvidos e autonomia aos velhos, celebramos a vida. E é isso que estamos fazendo no Museu hoje.

            É realmente indescritível o quanto o Museu ganhou com essa pequena mostra da exposição. Parabenizo muito a todos por isso. E terá muito mais pela frente” (Diego Lemos Ribeiro – 12 de Maio de 2015).

            “Legal, mas se eu quisesse ver isto era só ir à casa da minha avó J “ (Anônimo)

            “Gosto muito desta iniciativa. É a melhor forma de preservar nossa história, nossa cultura e nossas origens, porque sabemos que em muitas famílias as gerações mais jovens não guardam esses objetos que são parte das nossas memórias. Parabéns!” (E.N.B).

            “Achei o museu bem legal! Nele pode-se ver e lembrar peças que faziam parte de nossa vida quando criança, vieram muitas recordações do tempo em que eu tinha meus pais e avós vivos. O rádio me fez lembrar um programa que escutava com meus pais aos domingos, que eram Atrações Tuza na Cultura de Pelotas e Bons Tempos Aqueles, na Rádio Tupanci, dentre outros. Enfim, foi muito gratificante ter vindo visitar o Museu Histórico de Morro Redondo. Parabéns! (M.G – Pelotas- RS – 16/05/2015).

            “Maravilhoso! É Uma beleza conhecer as relíquias que fazem parte da nossa memória, das tradições gaúchas! Parabéns! Com certeza, divulgaremos esta maravilha.” (C.L. & O.L. – Rio Grande – RS, 2015).

            “Parabéns! Lindo trabalho! Voltar a um tempo em que não presenciamos é muito gratificante. (D., 2015).

            “Os objetos expostos nos deixam a história desde o princípio até os dias atuais” (Anônimo, 2015).

            “Gostei muito! Espero que no dia em que voltar novamente novamente, o museu tenha crescido muito. Ele nos faz voltar ao passado” (J.C. – Capão do Leão- RS 17/05/2015).

            “Adoro museus! Acho a colonização alemã muito progressista! Parabéns! (J. C., 2015 )

            “Parabéns pela iniciativa! Muito bom trabalho! Parabéns por manter a história da cidade viva para que outras gerações possam conhecê-la” (M.K – Morro Redondo – RS, 2015).

            “Parabéns pelo trabalho! Resgatando histórias! (L.R. – Pelotas – RS, 2015).

            “Parabéns pelo trabalho e pelo evento! Precisamos oportunizar situações que levem as pessoas a refletir sobre a importância de conhecer a cultura de nossos antecessores para que criemos uma consciência de um presente que nos leve a um futuro mais humano e solidário (C.S. V.N. D.M., M.L. & S.D. – Canguçu- RS, 2015).

            “Sou do Rio de Janeiro, tenho 70 anos e me senti muito feliz aqui, lembrando o passado. Muito obrigada!” (M., 2015)

            “Que show!!!!! Recordar é viver!!! Muito especial o espaço de vocês !!!! Parabéns!!! Amei!!!! (R.N. – Rio Grande – RS, 2016).

            “Amei! Como é bom voltar às origens e relembrar o passado. Vocês estão de parabéns, ficou 10!!! (M & B, 24/10/2016).

            “O museu está crescendo bastante e tem muitos objetos de antigamente (T.B.C – Pelotas- RS 28/10/2016).

            “Aproveitar as paredes para demonstração de antiguidades” (Anônimo, 2016)

            “Parabéns pelo excelente trabalho de nos fazer recordar, voltar às origens, pois quem não tem passado vive vagando no presente e sem perspectiva de um futuro. Parabéns e felicidades à todos os organizadores” (W.V.B., 2016).

            “A preservação do passado garante a grandeza de um lindo futuro para os que virão. Parabéns pelo pioneirismo do trabalho riquíssimo. História é vida” (N.D.G, 2016).

            “O Museu , a princípio, chamou-se para o fundo, pois a sua entrada não me impressionou tanto, mas prefiro não me ater ao estético. Minha sensação ao dar voltas era de que o Museu estava tratando de histórias pessoais, que são referentes à história da Cidade.
            O que eu senti falta: o museu me pareceu centralizar-se nas questões dos imigrantes alemães, mas notei que não representa todos os povos da Cidade. Até me pareceu referente a amigos e familiares, ou seja, a situação ainda é muito fechada.

            Sobre a exposição:não há referência de bailes de negros. Sobre a parte das boleadeoras indígenas, não impressiona nem me chamou atenção, pois não faz referência (menção) ao índio de forma coerente com a da cidade. Me pareceu avulsa e fora de toda a sequência de história que estava se montando em minha cabeça” (M.L.S., 02/05/2015).

            “Parabéns!!!! Eu adorei o Museu porque tem muitas coisas antigas e velhas e surpreendentes! Tem coisas muito legaus e misteriosasa!!” (L.O.V, 2015 ).

            “Muito lindo! Importante resgate histórico! Parabéns!!!!!” (J.P,, 2015).

            “Parabéns pelo resgate de nossa cultura e história, através de objetos e fatos desta linda cidade!” (J.T, 2015)

            “Todo resgate histórico e cultural colabora com a educação da localidade, bem como a dos turistas. Parabéns, adorei a festa!” (A.D., 2014).

            “Venho todos os últimos dez anos visitar o Museu. Gosto muito de objetos que representam o nosso passado (S.F, 18/05/2014).

            “Foi ótimo visitar o Museu, pena que mais pessoas não façam mais doações de objetos antigos que tenham em casa” (G.I.R, 2014).

            “As coisas para dar certo primeiro tem que acreditar e após por em prática, exemplo Morro Redondo, a Cidade que deu ceerto!!!! Parabéns, (N.L., 12/05/2014)

            “Sugerimos colocar descrição dos utensílios, origem das doações, descrição histórica” (G. 02/03/2014).

            “Devemos incentivar as iniciativas do Museu” (Anônimo, 2014).

            “Poderia ter mais coisas antigas. Está muito vazio este museu! (K. , 2011).

            “Se não tivesse o passado, o que seria do presente? Parabéns!!!” (I. Cachoeira do Sul – RS, 2011).

            “Parabéns belo museu! Ele me faz lembrar meus velhos tempos” (N.F., 22 /05/2011)

Seu relato está aqui? Se nao estiver da proxima vez deixe-o em um de nossos registros que na proxima ele podera estar circulando "pelas redes".

sábado, 25 de fevereiro de 2017

É carnavalll!!

Carnaval de rua em  Morro de Redondo
            A história do carnaval de Morro Redondo começa com um de seus idealizadores,talvez o principal deles,ao menos o mais famoso: Elpídio Gonçalves da Silva. Seu Elpídio morava no interior de Morro Redondo, na colônia Passo do Valdez. Em 1961, mudou-se para vila Fiss, na antiga Rua São Pedro(hoje Rua das Extremosas).
            Elpídio gostava muito de carnaval. Acompanhava os grandes carnavais pelo radio e conhecia bem o carnaval de Pelotas (considerado um dos melhores do estado). O carnaval de Morro Redondo surge no final da década de 1970, quando Elpídio convidou alguns amigos para fazer um pequeno evento na rua.
           A primeira coisa que fez foi providenciar material para construir o personagem mais lembrado do carnaval: o BOI SALINO (um boi feito de taquara e tecido), conduzido por um homem e que perseguia os foliões durante o desfile.
            Organizaram a formação da bateria acompanhada de gaita e sopro. Também enfeitaram um caminhão do Senhor Helmuth Stein para o desfile da rainha do carnaval. A primeira rainha se chamava Sulene.
            A ideia do carnaval se espalhava rapidamente e ganhava apoio de outras pessoas da comunidade. Uma costureira conhecida por Nininha fez a capa da primeira rainha.
            O primeiro desfile começou da Rua Extremosa e retornou subindo e descendo a rua. Nos anos seguintes ,o carnaval cresceu e foi ganhando novos integrantes. O  percurso do desfile já era maior,  ia do fim da Vila, até os Fiss, e mais tarde até os Muller.
            Os foliões participavam do desfile e voltavam até o salão do Reinaldo Piske, onde era feito o baile de carnaval com a escolha da corte, rainha, primeira e segundas princesas e madrinha da bateria.
            Em 1975, o bloco burlesco Colonial de Morro Redondo representado por seu presidente, Elpídio, já contava com  mais de cem componentes conforme documentos enviados ao chefe da censura federal, órgão vinculado à Policia Federal, no dia 24/ 11/1975.
            Como personagens, além do Boi Salino, agora já tinha um petiço, o galo e a girafa. Segundo relatos de Paulo Jorge, filho do senhor Elpidio, a preparação para o Carnaval começava com antecedência:

         “Uns três meses antes do carnaval meu avô parava tudo (trabalhava de forma autônoma ) e se dedicava à reforma dos bichos. Todos os anos era necessário reformar. Depois ele cravava postes com grandes painéis com desenhos de mascarados e palhaços, onde eram instalados a fiação com lâmpadas ao longo do percurso do carnaval.
         Um dos melhores momentos do carnaval era a participação dos mascarados. As pessoas se fantasiavam e brincavam com o público. Os que iam ao carnaval ficavam curiosos pra saber a identidade dos mascarados (todos se conheciam). Um senhor chamado Jose Miguens, que era muito amigo de meu avô, proprietário da Casa Miguens, em Pelotas, doava retalhos de tecidos e aviamentos que eram utilizados na confecção de roupas e alegorias do carnaval.
      A subprefeitura de Morro Redondo, tinha somente um jipe, cujo motorista era meu tio Rubens Schiavon.  Este carro servia como carro oficial, ambulância, viatura policial e, na época do carnaval, buscava uns músicos que moravam mais longes e também alguns poucos “brigadianos” que faziam a segurança.”



            Fonte:Informações pesquisadas pelos alunos dos 5º anos, do Colégio Estadual Nosso Senhor do Bonfim, em 2014 e 2015, sob coordenação da professora Rutilde Krüger Feldens.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Palavras de um Museu

Caminho por caminho por nós percorridos,

Lembranças de tudo o que foi vivido, experimentado, construído...

Até de tudo o que não deveria ter sido.

Eu sei...Águas passadas não movem moinhos.

Mas já moveram vidas, já fizeram farinha.

E é de condão a varinha que, mágica,

modifica o tempo

Avança...avança...

E, eu, Museu, não perco a esperança!

Guardo pedaços de história,

oferto o passado em memória:

A raiz de tudo o que nos antecedeu e encantou.


Caminho...

Novos caminhos a percorrer;

Gente nova a conhecer, gente nova a reconhecer

a importância do que guardo, do que cuido,
do  que conto...

Era uma vez... Assim começa a minha fala de Museu!

Agora é minha vez... Assim espero que comece a de vocês!

“Faça a sua história e eu a cuidarei”

Logo virá alguém para contribuir com a sua história, também.

Contribuir com um verso com esta grande poesia que é a vida...

Qual será o nosso verso?

...Que não nos falte coragem e amor para escrevê-lo!

                                                                           Autor: Lauro Rodrigues (12 de Maio de 2014).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A história de Morro Redondo


     Em 1888, algumas famílias alemãs, provocadas por condições desfavoráveis e em busca de terras novas para plantar e assim melhorar as suas condições de vida, deixaram suas moradias em São Lourenço do Sul e chegaram às terras que hoje pertencem a Morro Redondo, antes denominadas São Domingos, por terem sido estes lotes vendidos por Domingos José de Almeida.
Os colonos se estabeleceram ao nordeste da sede, de acordo com o mapa antigo que um morador ainda conserva, construíram suas moradias e começaram a cultivar a terra. Seus produtos tinham boa aceitação em Pelotas e isso atraiu mais colonos em busca de bons lugares para morar e trabalhar, esses vieram de Blumenau e Pelotas, de outros lugares do país e até diretamente da Alemanha.
   As primeiras famílias que aqui chegaram, vindas de São Lourenço do Sul, eram Nöremberg, Kuhn, Dobke, Rösler, Holz, Jacckel, Hackbartd e Schmidt, entre outros. Estas famílias passaram a conviver e sentiram, então, necessidade de cultivar sua religião e mandar seus filhos à escola. Então por volta de 1895 já funcionava uma escola com prédio próprio (extinta escola Brasil) e junto dela uma comunidade religiosa.
Com a vinda do pastor Neubert, enviado pelo Sínodo Riograndense, a igreja foi construída, em 19 de fevereiro de 1905. Houve a colocação da pedra fundamental e em 3 de dezembro do mesmo ano a comunidade festejou a inauguração da primeira igreja de Confissão Luterana no Brasil.
 
Com o tempo, Morro Redondo começou a crescer, apareceram indústrias de conservas, couros, fumos, laticínios, aumentando a mão-de-obra.
EMANCIPAÇÃO - Morro Redondo emancipou-se de Pelotas através de plebiscito realizado em 10 de abril de 1988. Em 12 de maio de 1988 o Governo Estadual criou o município através da Lei 8.633/88. Depois de eleitos o prefeito e vereadores na primeira eleição municipal, realizada em 15 de novembro de 1988, foram empossados em 12 de janeiro de 1989. 
Antes da chegada destas famílias, já moravam nos arredores do Morro Redondo as famílias Nachtigal, Islabão e Crizel, que se deslocaram para lá por ocasião da Guerra dos Farrapos. Conforme informações obtidas no Consulado Italiano em 1872, antes dos colonos alemães chegaram os italianos e se estabeleceram na colônia Afonso Pena, distante cerca de 8 km da sede.

15ª Semana de Museus! Vamos construir juntos, Pessoal!